terça-feira, 24 de março de 2009

Passista: ser ou não ser!


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbvAZ2gBCs9e8EOkSJUd605KfKWTZhtSZrIUnnrlbz8xNLE7PScpy9s2PAvY0wwOT_g5bqnuc4wGpobFDvJ8enOSEr9l6Row8hYGITO1xjzbcK_cseMZjN9PtfoBWMrZfDJGVEvFm4k_4/s1600-h/passe.gif (imagem)

Muito comum se dizer que qualquer um pode ser passista.Igualmente comum generalizar que a boa vontade é suficiente para prover o passista da capacitação necessária ao mister.
Podemos até aceitar que qualquer pessoa possa ser passista; afinal, quem assim garante não está definindo nem o que é ser passista nem o tipo de passista deseja expressar. Portanto, dentro da síntese e da generalidade, a afirmativa pode ser válida. O mesmo não ocorre quando se especifica os enunciados das propostas. E os primeiros enunciados precisariam ser definidos dentro do seguinte: é passista aquele que aplica passes ou qualquer um que faça uso da “bioenergia”? É passista o que faz uso de fluidos do mundo espiritual,próprios ou de ambos? Deverá ou não o passista estudar e conhecer aspectos fundamentais da Doutrina Espírita, especialmente sobre fluidos e perispírito? Como se capacita à pessoa para ser passista?
É certo que todos podemos vibrar positivamente em favor de nosso semelhante e, assim agindo, transmitir fluídos em bom padrão de harmonização. Mas apesar de passe ser “uma doação de bons fluídos”, não significa que uma doação dessas seja necessariamente, um passe. Isso porque por passe se entende uma ação consciente e deliberada de transmissão de fluidos,de um possuidor para um carente, por meio de uma técnica, ainda que seja a mais simples. Nessa doação, a ligação mental do passista com níveis espirituais superiores e a capacidade de fazer suas energias transitarem por ele são de relevância, tanto quanto a característica de, em possuindo uma disposição íntima de usinagem fluídica, exteriorizar, direcionar e manipular esses fluidos.
Também é certo que todos os espíritos quanto os espíritas afirmam e reafirmam que todo passista tem necessidade de estudar e aprimorar seus conhecimentos. Mas, depois disso, muitos costumam criar bitolas no mínimo incoerentes: “basta ter boa vontade e impor as mãos”, dizem. Ora, com toda a franqueza, para se ter boa vontade e se fazer imposição de mãos não há necessidade de qualquer estudo, sequer da Codificação.
Para ser passista, na acepção espírita do termo, é preciso mais que boa vontade e um simples impor de mãos, especialmente quando se pretende ajudar com consciência e responsabilidade. Para tanto, a fé robustecida pelo conhecimento e o reconhecimento das próprias capacidades e limites é tarefa inadiável.
Por mais que se imagine não caber maior preocupação na prática do passe, pois “estamos sempre acompanhados de Bons Espíritos”, os cuidados são devidos. Os espíritos nem sempre assumem nossa parte nos trabalhos, assim como não conseguimos substituí-los. E Deus não criou o mundo para que se desenvolvesse só por si, tanto que nos concede guias, mentores e Espíritos Superiores para nos orientarem.
O bom senso ensinado e exemplificado por Kardec nos recomenda estudo e prática, amor e instrução.
Saiamos, pois, do comodismo. Levemos avante o Espiritismo!
Estudar é preciso!
Amar é preciso!
Manual do Passista – Jacob Melo

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