terça-feira, 26 de maio de 2009

A PESSOA QUE AMA...





A pessoa que ama é uma pessoa espontânea.

A pessoa que ama não tem necessidade de ser perfeita, apenas humana.

Se você sente amor dentro de seu coração, deixe que os outros conheçam seus sentimentos.

Liberte suas emoções!

Não viva no passado.
Ele só tem valor porque fez de você o que é hoje.

Viva no agora!

Quando estiver comendo, coma.

Quando estiver falando, fale.

Quando estiver olhando, olhe.

Quando estiver amando, ame.

Perceba a beleza de cada momento.

Não devemos ter medo de mostrar emoções.

O Amor é como um espelho.
Quando você ama uma pessoa, se transforma no espelho dela e ela no seu.

O amor verdadeiro só cria, nunca destrói.

O amor tem os braços abertos.

Se você fechar os braços para o amor, verá que está apenas abraçando a si mesma e isolando-se no mundo, descobrindo a solidão.

Jamais reprima seus sentimentos, senão eles jamais se tornarão realidade.

Se você quer dar uma risada, dê uma gargalhada.

Se você quer gritar, desabafe.

Se você quer amar, ame com todas suas forças.

Só assim você achará a verdadeira felicidade.

Isto não é um poema de amor, é sobre você, e sobre todos aqueles que um dia se expuseram para tocar o coração de outra pessoa.\"


Autoria Desconhecida

Centro Espírita na Visão de Chico Xavier






CENTRO ESPÍRITA
NA VISÃO DE CHICO XAVIER

"Os centros espíritas devem ser locais de oração, trabalho e estudo. Conhecer o Espiritismo é de fundamental importância, mas, segundo Emmanuel me tem ensinado, esse conhecimento necessita ser traduzido na prática, a começar pelo entendimento entre os companheiros que constituem a equipe de cooperadores da casa. O fenômeno em um tempo de orientação kardecista deve ser acessório e, nunca, sem dúvida, atividade especial".

"Para mim, centro espírita tinha que abrir todo dia, o dia inteiro... Se é hospital, como dizemos, como é que pode estar de portas fechadas?... O centro precisava se organizar para melhor atender os necessitados. O que impede que o centro espírita seja mais produtivo é a centralização das tarefas; existe dirigente que não abre mão do comando da instituição... Ora, de fato, a instituição necessita de comando, mas de um comando que se preocupe em criar espaço para que os companheiros trabalhem, sem que ninguém esteja mais preocupado com cargos do que com encargos..."

"O centro espírita, quanto mais simples, quanto mais humilde, mais reduto do Evangelho. Construções colossais sempre me parecem destituídas de espírito... A Sociedade Espírita de Paris era uma sala de acanhada dimensões: ali imperava o espírito de fraternidade".

"As reuniões nos centros espíritas poderiam ser mais produtivas. Existe dirigente que abre e termina a sessão olhando o relógio... Não posso dar palpite no centro dos outros - Emmanuel me mandaria conservar a boca fechada -, mas a gente fica triste com os centros espíritas que funcionam apenas meia hora durante a semana..."
"Não precisamos esperar a formação de um grupo espírita para recepção de pessoas santas; vão chegar primeiro os mais infelizes; vão contar as mágoas, à vezes até os seus crimes; vêm em busca de amor..."

"Não somos donos do Movimento, a casa espírita não tem donos... Vamos criar oportunidade para o crescimento dos outros. Ninguém precisa anular ninguém... Sobra espaço para as estrelas no firmamento! Todas podem brilhar à vontade..."

"Se um amigo, ou os amigos, não têm paciência conosco, os grupos não prosperam, não frutificam em amor, em esperança, no socorro espiritual..."

"O centro espírita deve ser tocado como uma escola, ou seja, devemos estar dentro dele para aprender... Não é só para a mediunidade, para o passe ou para a desobsessão... Precisamos estudar as lições de Jesus, nas interpretações de Allan Kardec, e vivenciá-las, cuidando de nós mesmos, de nossa necessária renovação íntima..."

Registro feito por Humberto Vasconcelos em artigo publicado no Jornal Espírita de Pernambuco, edição 72.

FELICIDADE REAL





Procuraste a felicidade na Terra, através da Fortuna, da Autoridade, da Fama, do Prazer e não a encontraste.
Apesar disso, as tuas experiências, nesse sentido, não se perderam, porquanto, com elas, adquiriste mais amplos caminhos de compreensão e discernimento.
E continuas a buscá-la, ardentemente.
Anseias conservá-la contigo e não explicas porquê...
Sabes que ela existe e não descobres onde...
Queres retê-la em teus passos e ignoras como...
Adivinhas que ela te fará alegria para sempre e não consegues vê-la...
É que a felicidade real decorre da nossa união com Deus e embora não saibamos definir as nossas emoções mais profundas, todos sentimos sede de Deus, de modo a desvencilhar-nos de todas as inferioridades que ainda nos assinalam a existência, a fim de vivermos, em espírito e verdade, o ensinamento do Cristo, na oração dominical:
- "Pai nosso, seja feita a vossa vontade, assim na Terra como nos Céus..."
Em nossa rendição aos Desígnios Divinos, nas Leis que nos regem, descortinaremos claramente a senda que nos conduzirá à felicidade autêntica, sonhada por nós, em nossas mais belas aspirações.

(Emmanuel)

O ESPÍRITA E SUA MISSÃO!




Quando estamos prestes a voltar ao mundo carnal, nosso compromisso
reencarnatório é traçado minuciosamente, para que possamos reparar os
erros próprios e os cometidos contra outras pessoas no passado. Vir
com a incumbência de ser espírita ou de se tornar espírita durante
nossa estada no Mundo Material é uma benção, pois teremos condições
de estudar o espiritismo e, principalmente, colocá-la em prática.
Sendo assim, vários companheiros que estão no Mundo Espiritual
prestes a reencarnar têm seu destino acoplado ao nosso. Neste mister,
temos uma equipe espiritual preparada para nos oferecer o auxílio
necessário, a fim de que suportemos os percalços que a vida terrestre
nos coloca pela frente, não permitindo que caiamos nos momentos
difíceis ou nos desvirtuemos do caminho traçado nas situações
alegres.

Muitos de nós já nascemos em berço espírita, enquanto outros chegarão
ao Espiritismo por meio da dor ou espontaneamente, a convite de algum
conhecido, identificando-se com os ensinamentos cristãos deixados por
Jesus. No entanto, todos terão tarefas de grande relevância, podendo
socorrer muitos necessitados tanto no Mundo Material quanto no
Espiritual. Trabalhar com passes, esclarecimento nos trabalhos de
desobsessão, vidência, audiência, psicofonia, psicografia e intuição
são apenas algumas das várias atividades mediúnicas que a
espiritualidade superior nos oferece para auxiliar o próximo e,
conseqüentemente, a nós mesmos. Dessa forma, estaremos estudando e
evoluindo mental e moralmente, fazendo uma reforma íntima de suma
importância para nós e para aqueles que estão conosco.

Com todo esse suporte espiritual preparado, passamos a ser
acompanhados por nossos amigos e mentores nesta missão. Porém, a
vigilância deve ser total, pois Espíritos perturbados, às vezes,
desafetos de outras vidas que não desejarão nos dar trégua nos
momentos que virão, farão convites para que nos entreguemos à queda.
Vingança, rancor e mágoa, quando instalados na mente do ser para que
desempenhe determinados papéis maléficos, são perigosos para qualquer
pessoa que tenha baixa sintonia vibratória.

Tanto o espírita como o indivíduo exerce função religiosa de qualquer
crença estão sujeitos à obsessão da mesma forma que qualquer outra
pessoa, devido aos seus pensamentos. Assim, não podemos dar brechas
para as trevas, pois esse é o momento que os obsessores esperam para
começar sua ação sobre seus antigos algozes ou desafetos. É muito
comum o individuo, após entrar para o Espiritismo e ver seu trabalho
fluir, pensar que tudo é feito apenas por ele e que é o maior e
melhor médium que existe naquela função. Acaba deixando a vaidade
tomar conta de seu ser, entregando-se aos elogios e ao ego, além das
paixões terrenas, materiais ou carnais.

No livro Tormentos da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda,
psicografado por Divaldo Pereira Franco, traz informações edificantes
para nós, espíritas, sobre a importância de um bom desempenho de
nossas funções determinadas ainda no Mundo Espiritual, uma vez que
muitos estão desencarnando em situações deploráveis, recebendo
socorro em sanatórios em virtude das péssimas condições morais e
psíquicas em que se encontram. "As tendências inatas, que são
reflexos dos compromissos vividos, impelem-nos para as condutas que
lhes parecem mais agradáveis e que não lhes exigem esforços para
superar. As conexões psíquicas, por AFINIDADE, facilitam o
intercâmbio com os desafetos da retaguarda, e sem o necessário
empenho que, às vezes, impõe sacrifício e renúncia, faz com que
tombemos nas urdiduras Bem estabelecidas para vencê-los, derrotá-los
no empreendimento que deveria ser libertador", explica.

Sabemos das dificuldades a vencer e as renúncias a fazer, mas quando
nos prontificamos a realizar esse trabalho com Amor e carinho, com
certeza, teremos o auxílio da espiritualidade amiga. Da mesma forma,
quando executamos essa tarefa como uma obrigação, não por satisfação,
deixamos-nos tomar pelas queixas costumeiras, atraindo Espíritos com
a mesma sintonia vibratória, que terão o imenso prazer em nos desviar
do caminho traçado. Assim, devemos ter a consciência de que somos
instrumentos do trabalho executado pela espiritualidade, o que não
diminui nossa tarefa em nenhum momento, já que, com isso, estaremos
auxiliando vários encarnados e desencarnados, construindo nossas
obras, como Jesus ensinou.

"Eis por que o Espiritismo, representando o retorno de Jesus à Terra
através de O Consolador, desempenha a missão sublime de despertar as
consciências adormecidas, facultando o intercâmbio direto com o mundo
de origem, onde se haurem as energias indispensáveis ao cumprimento
da tarefa e se dispõem das lembranças para o prosseguimento dos
compromissos. É também durante a vilegiatura carnal que têm curso os
combates iluminativos, quando se devem reunir e confraternizar os
antigos adversários, a princípio sob o sufrágio da dor, porquanto
defraudaram as leis, sem que delas se possam evadir, para depois se
renderem ao amor, a fraternidade", esclarece Manoel Philomeno de
Miranda em Tormentos da Obsessão.

A espiritualidade superior nos auxilia mesmo quando nos desvirtuamos
do caminho, porém, temos o livre-arbítrio para decidirmos que rumo
tomar. A perseverança e a fé devem permanecer em nossos corações,
principalmente nas horas difíceis, pois não podemos tombar ante os
primeiros obstáculos que aparecem pelo caminho. Além disso, seria
lamentável chegarmos ao Mundo Espiritual e vermos que havia tanta
coisa a fazer, com amigos espirituais nos apoiando, mas deixamos que
a vaidade e as paixões mundanas tomassem nosso ser, fazendo-nos
trilhar um caminho contrário ao que nos propomos antes de reencarnar.
Também seria bastante triste saber que muitos dependiam de nós para
sua evolução e falhamos com eles, bem como ter consciência de que
chegamos tão perto e pusemos tudo a perder por interesses pessoais.

Só o fato de sermos espíritas, trabalharmos na seara do bem em favor
dos nossos semelhantes, de estudar a doutrina espírita e de termos
conhecimentos importantes sobre assuntos que muitas crenças ainda não
compreenderam ou não querem entender faz que sejamos pessoas
privilegiadas. Ao mesmo tempo, porém, a responsabilidade de não errar
aumenta, devido aos ensinamentos de que dispomos. Como estamos em um
processo de evolução, o erro é comum, entretanto, não podemos
permitir que ele se transforme em um hábito. Assim, devemos sempre
pedir a Deus, nosso Pai, que nos ilumine, a fim de que possamos
desempenhar satisfatoriamente nosso trabalho, sem ostentação, tendo
em mente o que disse Jesus: "Todo aquele que se rebaixa será elevado
e todo aquele que se eleva será rebaixado".

Revista Cristã de Espiritismo, edição nº 18, ano 2002.

SERENIDADE DA FÉ!





Confessa o teu compromisso espírita através dos atos, sem o alarde verbalista nem a impetuosidade presunçosa.

Sê compreensivo para com as convicções do teu próximo, sem contudo disfarçar a tua postura religiosa.

O Espiritismo concede-te a visão plena da vida, elucidando-te os difíceis mecanismos do processo da evolução.

Faz-te compreender que a dor de qualquer natureza é bênção, jamais castigo, mediante cujo buril aprimoras-te, encetando compromissos superiores que te levarão à paz.

Ajuda-te a permanecer nas ações edificantes embora os resultados aparentemente demorados.

Acalma-te, em razão do melhor entendimento das causas dos problemas que se expressam como aflições variadas.

Em razão disso, não te podes escusar a responsabilidade ante os desafios da existência, vivendo a fé espírita.

Pessoas existem que, a pretexto de fraternidade, aderem aos mais diversos conceitos filosóficos, sem assumirem comportamento nenhum. Dizem-se neutras.

Criaturas há que, em nome da tolerância religiosa, adotam várias correntes da revelação através dos tempos, mas não se integram a movimento atuante nenhum. Afirmam-se universalistas.

Companheiros aparecem que, expressando cautela e recato, concordam com as inúmeras colocações espiritualistas, imaginando-se coerentes com as circunstâncias em que se encontram, nunca, porém, produzindo para o bem. Informam-se observadores ainda não definidos.

Toda postura de fé, certamente, é respeitável.

Tu, porém, já encontraste o roteiro e a bússola, sabendo onde está o porto e como te preparar para o desembarque do veículo carnal...

Tolera, mas não convivas.

Compreende, porém, não concordes.

Estimula todos, no entanto, não saias do caminho que a Doutrina Espírita tem traçado para aqueles que a conhecem.

Quando caluniado pelos Libertos e levado ao Sinédrio para responder às acusações que lhe faziam, Estevão manteve-se sereno e confiante de tal forma, que "todos os que estavam sentados, fitando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo", conforme os apontamentos dos Atos, capítulo seis, versículo quinze.

A fé, corretamente vivida, harmoniza a criatura que não teme nem se precipita, irradiando a serenidade que se reflete no rosto dos anjos.

| Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco |

INSEGURANÇA





"Os inseguros não escolhem as leis que regem a sua conduta, submetendo-se a princípios e a pessoas diferentes de seu modo de pensar."



A insegurança traz como características psicológicas os mais variados tipos de medo, como o de amar, o da mudança, o de cometer erros, o da solidão, o de se pronunciar e o de se desobrigar.
O inseguro não confia no seu valor pessoal, desacredita de suas habilidades e desconfia da sua possibilidade de enfrentar as ocorrências da vida, o que o impulsiona a uma fatal tendência de se apoiar nos outros.
O indivíduo inseguro, por não saber que não pode controlar os atos e atitudes das outras pessoas, cria grandes dificuldades em seus relacionamentos, gerando, conseqüentemente, maiores cobranças e barreiras entre eles.
A hesitação torna-o criatura incapaz de se sentir bastante firme para agir. Nunca possui certeza suficiente e quer sempre se certificar das coisas.
É excessivamente cauteloso e vigilante; está em constante sobreaviso e desconfiança de tudo e de todos, por causa do medo das conseqüências futuras de suas ações do presente.
Necessitar de amor, desejar consideração ou procurar segurança, são desejos naturais e válidos.
Uma certa quantidade de dependência emocional está presente em muitos relacionamentos, incluindo os saudáveis.
Efetivamente, juntos ou sozinhos, estamos sempre caminhando pelas estradas da evolução.
Para avançarmos pela vida de forma harmônica com as pessoas, devemos desenvolver a auto-estima, a capacidade de admitir erros, a responsabilidade de assumir nossos atos e, acima de tudo, a aceitação incondicional dos outros.
A insegurança faz de nossos relacionamentos íntimos, um misto de irreflexão e precipitação, fazendo-nos perder o senso de nossas fronteiras individuais.
Parte do desenvolvimento da personalidade humana é construída na infância.
As bases de muitas indecisões diante da vida, se devem à educação autoritária dada pelos pais, que escolhem sistematicamente pelos filhos desde roupas, brinquedos, até amigos, profissão e afetos.
Crianças crescem deixando parentes, professores ou companheiros, decidirem por elas, sem levar em conta seus gostos e preferências. Essas crianças se tornarão, mais tarde, homens e mulheres sem segurança, sem firmeza e sem coragem de tomar atitudes perante a vida. O direito de decidir deve ser estimulado sempre desde a infância, pois se trata de apoio vital na formação de um sólido sentimento de determinação e firmeza, que refletirá no adulto de amanhã.
O constrangimento que se faz à nossa liberdade de consciência prejudica a busca de nós mesmos, a nossa afirmação diante da vida, bem como nos dificulta encontrar a peculiar forma de amar.
Em razão de tudo isso, indivíduos passam a usar uma máscara de "bonzinho" como meio de seduzir, conquistar ou conseguir disfarçar a enorme incerteza que carregam, mas, periodicamente, mostra de modo claro sua insatisfação interior: explodem em raiva inesperada contra aqueles com os quais convivem.
As relações ficam sensivelmente limitadas, pois nunca se sabe quanto a sua "bondade extremada" vai suportar uma opinião contrária ou algo que lhe desagrade.
Essas "estranhas bondades" são peculiares de pessoas que não desenvolveram a confiança em suas idéias, intuições e vocações íntimas e nunca se afirmam em si mesmas.
Não admitem sua insegurança e, por isso, a agressividade acaba quase sempre controlando suas reações.
Pagam, porém, um preço fisiológico, ou seja, a somatização das raivas e fragilidades que mantêm fantasiadas em amabilidade.
Um comportamento exagerado de um indivíduo, geralmente significa o oposto do que ele demonstra e confessa.
Os inseguros vivem numa espécie de "heteronomia crônica", ou seja, não escolhem as leis que regem a sua conduta.
Distanciados cada vez mais de uma vida autônoma, submetem-se a princípios e a pessoas diferentes de seu modo de pensar.
Usar a nossa própria intimidade para nos guiar, lançar mão de nossas sensações, emoções e sentimentos, é a chave essencial que nos dará segurança.

Autor: Francisco do Espírito Santo Neto – pelo Espírito Hammed – extraído do livro "As dores da Alma" (www.boanova.org.br

BAIXA ESTIMA




O complexo de inferioridade consiste em um conjunto de idéias que foram recalcadas no inconsciente da criatura em tenra idade, associadas às já existentes pelas experiências obtidas em vidas pretéritas.
Ele age sobre a conduta humana, provocando sentimentos gratuitos de culpa, excessiva carga emotiva relacionada a pensamentos de baixa estima, freqüente sensação de inadequação e constante frustração em decorrência da desvalorização da capacidade e habilidade pessoal.
O sentimento de autopiedade pode nos tornar doentes fisicamente.
Uma espécie de "invalidez psíquica" envolve-nos a existência e, a partir daí, sentimo-nos inferiores e incapazes, levados a uma perda total da confiança em nós mesmos.
A piedade aqui referenciada, é o sofrimento moral de pesar ou aflição que sentimos por autopunição.
Ter pena ou dó, em muitas circunstâncias, pode não ser um sentimento verdadeiro, mas sim uma obrigação social aprendida, a ser demonstrada diante do infortúnio alheio.
No entanto, a sensação que experimentamos de amor, permeada de respeito e afeição pelos outros, revela-nos os reais sentimentos denominados de benevolência e compaixão.
A baixa estima ou autopiedade, pode nos levar a ser vítimas de nós mesmos, pois estaremos somatizando essas emoções negativas em forma de doenças.
Os sintomas da enfermidade podem ser considerados a forma física de expressar uma atitude interna, ou mesmo um conflito.
Portanto, doentes não são somente as vítimas inocentes de algum desarranjo da natureza, mas também os facilitadores de sua própria moléstia.
O acontecimento em si mesmo, nunca tem muito sentido; precisamos aprender a discernir o que há por trás do aspecto físico, ou seja, atingir o conteúdo metafísico das coisas.
A importância e a mensagem de um fato ou de um acontecimento somente aparecem clarificadas, quando interpretados em sua significação; é isso que nos permite a compreensão completa de seu sentido.
Quando deixamos de interpretar as ocorrências da vida e o segmento natural que implicará seu destino, nossa existência mergulhará numa total falta de sentido.
A doença sempre tem uma intencionalidade e um objetivo, surgindo nas criaturas de baixa estima a fim de alertá-las de que existe uma descompensação psíquica (seu sentimento de inferioridade) e da necessidade de harmonizá-la.
O sentimento de inferioridade ou de baixa estima associa as criaturas a uma resignação exagerada, a um autodesleixo ou descuido das coisas pessoais.
A perda do senso de autovalorização é também consequência do sentimento de inferioridade, que remete os indivíduos à vivência entre "hábitos cronometrados" e a uma "mecanização dos costumes".

Aqui estão algumas afirmações, que, se observadas com atenção, poderão nos ajudar a reconquistar a autoconfiança perdida:

- somos potencialmente capazes de tomar decisões sem ter que recorrer a intermináveis conselhos;
- possuímos uma individualidade divina completamente distinta da dos outros;
- fazemos as coisas porque gostamos, não para agradar as pessoas;
- encontraremos sempre novos relacionamentos; por isso não temos medo de ser abandonados;
- usaremos, constantemente, de nosso bom senso; portanto, as críticas e as desaprovações não nos atingirão com facilidade;
- tomaremos nossas próprias decisões, respeitando, porém, a dos outros.
É essencial lembrar-nos de que sempre é possível alterar ou transformar nosso "estilo de vida".
Para tanto, não duvidemos de nossas aptidões e vocações naturais, nem questionaremos, sistematicamente, nossas forças interiores.
Para obtermos autoconfiança, somente é preciso reivindicarmos, valorosamente, o que já existe em nós por direito divino.

Autor: Francisco do Espírito Santo Neto – pelo Espírito Hammed – extraído do livro "As dores da Alma" (www.boanova.org.br)